Era Fernando!
O homem congelou por um instante.
— Você me conhece?
Florence desviou o olhar rapidamente e balançou a cabeça, sua voz trêmula carregando um tom de súplica:
— Eu não sei de nada, de verdade. Por que a Milena não acredita em mim?
Ela não podia admitir que o reconhecia. Talvez, assim, ainda houvesse uma pequena chance de escapar.
O homem soltou uma gargalhada sarcástica.
— Então, quando encontrar ela no inferno, peça explicações.
Ele levantou a barra de ferro, pronto para desferir o golpe. Florence, instintivamente, encolheu o corpo, fechando os olhos com força. Mas, quase ao mesmo tempo, o homem foi arremessado como se fosse um boneco, colidindo com os armários de metal do vestiário.
Os armários caíram em sequência com um estrondo ensurdecedor, derrubando também as tábuas que bloqueavam a janela.
A luz da lua entrou pela abertura, iluminando o ambiente destruído. A silhueta de um homem surgiu, alongada pela luz. O sangue escorria de seus punhos, tingind