— Alô.
— Florence, sou da polícia. Estou na sua enfermaria. Onde você está? — A voz do outro lado era grave, mas carregava um tom de impaciência.
Florence pensou que, a essa altura, já era tarde. Os policiais haviam sido chamados e não a encontraram, o que explicava a irritação.
— Desculpe, já estou indo.
— Seja rápida.
Ao desligar o celular, Florence aproveitou para empurrar Lucian e enfiou a jaqueta no peito dele.
— Tio, preciso ir. — Ela evitou olhar para Lucian e se virou, saindo quase correndo.
Lucian ficou parado, observando a silhueta dela desaparecer no corredor. Seu celular vibrou no bolso. Ele deu uma olhada na mensagem e seus olhos ficaram ainda mais frios. Sem dizer nada, ele deixou a escadaria.
...
Florence empurrou a porta da enfermaria, esperando encontrar os policiais que a aguardavam.
Mas, para sua surpresa, além deles, Milena estava ali, sentada em uma cadeira de rodas, com os braços e pernas cheios de ataduras.
Milena parecia gravemente ferida,