Mas Florence tinha coisas mais importantes para fazer agora. Se realmente fosse à polícia, precisaria primeiro passar pelo exame de corpo de delito. Ela precisava verificar o que ainda faltava em seu laudo médico.
Ao descer da cama, Florence mal conseguiu se manter em pé. Suas pernas estavam fracas, mas ela mordeu o lábio e, com esforço, começou a caminhar, passo a passo, em direção ao consultório médico.
No entanto, antes que ela pudesse chegar, a porta do consultório foi aberta com força por alguém que saiu apressado.
Fernando, falando ao celular, passou correndo:
— Você tá louco? Quer morrer? Que ideia mais absurda!
Ele parecia tão apressado que nem percebeu Florence ali, parada no corredor, observando sua figura desaparecer à frente.
Florence olhou para as costas de Fernando e, por um momento, lembrou-se daquele homem que havia fugido do vestiário. A figura parecia com ele, mas, ao mesmo tempo, havia algo diferente.
Ela não conseguia tirar da cabeça que Fernando havia