Os olhares cheios de desconfiança ao redor quase engoliam Daphne. Se ela não apresentasse uma justificativa convincente, toda a imagem que tanto lutara para construir desmoronaria em poucos segundos.
Daphne apertou os lábios, e um brilho calculista passou por seus olhos. Com a voz doce, mas carregada de insinuações, ela disse:
— Flor, será que você não está esquecendo do que estamos falando? O assunto aqui é você ter incentivado outras pessoas a me prejudicarem. Eu te dei a oportunidade de subir aqui e pedir desculpas justamente para resolvermos isso de forma amigável. Só assim você sai daqui sem problemas.
Agora, a falsa vulnerabilidade de Daphne não surtia mais efeito. Então, ela partiu para a ameaça.
Mas, mais uma vez, ela havia subestimado Florence.
Florence virou-se para a policial com um olhar tranquilo, e a mulher fardada tomou a palavra.
— Daphne, investigamos o homem que tentou te atacar. Ele não tem antecedentes criminais, apenas uma filha doente que precisava de dinheiro par