Ele ergueu a mão para levar o cigarro aos lábios, e a fumaça branca que escapava formava uma espécie de máscara, escondendo qualquer traço de sua expressão.
No silêncio que se instalou entre eles, os olhares se cruzaram. Florence sentiu o peito vazio por um instante. Seus dedos se contraíram levemente enquanto ela forçava a si mesma a manter a calma.
Lucian abaixou o olhar, apagando o cigarro no cinzeiro ao seu lado.
— Deixe-a ir.
Florence desviou o olhar para a água que escorria das folhas das plantas ao seu redor. Suas palavras saíram frias e cortantes:
— Obrigada por tudo, tio. Mas, daqui em diante, não preciso mais da sua ajuda.
A frase pairou no ar como uma lâmina fria. Lucian parou o movimento de apagar o cigarro por um breve momento, mas logo voltou sua atenção para o que fazia. Seus olhos escuros seguiram o vulto de Florence enquanto ela se afastava, até que o som do celular o trouxe de volta à realidade.
— Ainda está vivo? — A voz de Lavínia soou do outro lado da