Florence xingava Lucian mentalmente, chamando-o de sem vergonha, mas ao ver o sangue em sua mão, ela ficou ligeiramente atordoada.
No entanto, antes que pudesse reagir, em questão de segundos, o homem à sua frente usou o momento de distração para se inclinar contra ela, fazendo com que ela, por reflexo, o segurasse. O cheiro forte de álcool invadiu suas narinas.
— Você está louco? Está machucado e ainda bebeu?
— Um pouco. Não me senti bem e tomei algo. — Respondeu Lucian, com a voz baixa e rouca, enquanto apoiava o queixo na testa de Florence. Seu tom carregava um cansaço profundo.
Florence sentiu o calor intenso vindo da testa dele. Por um instante, hesitou. Mas, antes que a compaixão pudesse prevalecer, sua racionalidade venceu. Ela colocou a mão contra o peito dele para afastá-lo.
— Você está bêbado. Vou ligar para o Cláudio vir te buscar.
— Ele foi embora. — Respondeu Lucian, sem alterar o tom.
— Então vou ligar para a Daphne. Ela com certeza vai cuidar bem de você. —