O tempo dentro do templo tinha parado, mas o mundo lá fora não.
Eu sentia.
Cada batida do coração da terra vinha como um lembrete cruel de que o eclipse se aproximava — a lua e o sol se movendo em silêncio, preparando o instante em que a luz e a sombra se encontrariam.
O instante em que o sacrifício seria selado.
O salão agora estava coberto por véus escuros pendurados das colunas até o teto, e o ar se tornara denso, quase sólido. O cheiro de sangue seco, incenso queimado e ervas amargas formava uma cortina invisível que pesava sobre meus pulmões. Cada respiração era uma luta. Cada piscar de olhos, uma lembrança de que eu ainda estava presa.
As correntes tinham sido substituídas por fios de prata viva.
Eles se moviam sozinhos, serpenteando como cobras que respiravam, apertando e soltando de acordo com o ritmo do cântico. O Círculo de Sucção ainda estava sobre o meu peito, agora com novas runas gravadas — linhas vermelhas, frescas, desenhadas com sangue humano.
Os acólitos as haviam fe