O ar estava pesado, quente demais para uma noite fria. As nuvens escondiam a lua, e a praça deserta parecia feita de sombras e ruídos distantes. Eu caminhava rápido, tentando ignorar a sensação de ser seguida, quando ouvi passos se aproximando.
Antes que pudesse reagir, ele apareceu.

O estranho.
Como sempre — elegante demais para o ambiente, calmo demais para o perigo que carregava nos olhos.

— Está fugindo de mim, Luna?

Parei bruscamente. O som daquela palavra me cortou o ar dos pulmões.
— Não me chame assim.

Ele sorriu d