Belia mal conseguia respirar enquanto percorria os corredores de pedra, estreitos e úmidos, do lado leste da mansão da alcateia. Seu coração martelava no peito com força, o véu escuro sobre os ombros esvoaçava como uma sombra viva atrás de si. A notícia que carregava queimava em sua língua, e ela sabia que não podia esperar um segundo sequer.
— Abram caminho! — gritou, empurrando duas ômegas assustadas que carregavam bandejas com frutas que cairam e rolaram pelo chão. — Saiam da frente, é urgente!
Não havia tempo para pedidos educados ou explicações. A anciã atravessou o saguão principal da ala nobre como um raio, pisando com força sobre os tapetes bordados, atropelando qualquer um que tentasse desacelerá-la. Alguns guerreiros arregalaram os olhos ao vê-la em tal estado, Belia jamais perdia a compostura. Diferente de Lilian, a antiga anciã que dizia tudo com pa