A bruxa respirou fundo, os dedos percorrendo o dorso do baralho como se buscassem mais do que símbolos. Seus olhos estavam escuros agora, semicerrados, e uma energia estranha pairava sobre a sala. O chiado da chaleira cessara, mas a tensão parecia crescer em cada centímetro de ar.
— Você quer uma solução, então aqui está — disse ela, puxando duas novas cartas. — Mas nenhuma delas vai te poupar da dor.
A primeira carta virou com um estalo seco: O Dez de Espadas. Lizzie nem disfarçou o pesar no olhar.
— A primeira opção… — começou, olhando diretamente para Camilla — é matar Kael.
O silêncio que se seguiu foi brutal.
Camilla arregalou os olhos, o coração disparando como se o nome dele já fosse uma sentença.
— Matar… o Alfa?
— Sim — confirmou Lizzie, com a calma cortante de quem já previra a reação. — Você carrega a doença porque se colocou entre ele e o destino dele. Ele era o companheiro de outra você ajudou a distanciar os dois, sussurrando no ouvido dele como uma cobra. Agora a ligaçã