Camilla deu um passo trêmulo à frente.
— Pode me ajudar?
Samira não respondeu de imediato. Em vez disso, girou nos calcanhares e entrou na cabana, deixando a porta entreaberta. A jovem loba hesitou, mas logo a viu voltar com um manto escuro de tecido grosso. Jogou-o em direção a Camilla com um movimento de braço firme.
— Vista isso. Não gosto de conversar com gente nua pela minha sala, minha esposa também não.
Na outra mão, ela carregava um incenso aceso. A fumaça densa e aromática se espalhava pelo ar com um cheiro forte e familiar. Camilla tossiu levemente quando a bruxa se aproximou, balançando o bastão fumegante ao redor dela, como se estivesse realizando um ritual.
— Alecrim, flores secas e pó de café — disse Samira, com a voz baixa e ritmada. — Garante que nenhuma podridão passe de você pra mim ou pra ela.
Camilla franziu o cenho, mas aceitou o manto e o vestiu com cuidado, cobrindo o corpo magro e machucado. Cada movimento parecia arrancar um pedaço de sua energia. O tecido coç