O campo de batalha não parecia mais uma montanha, parecia um inferno aberto. A neve manchada de sangue transformava o chão em um mosaico grotesco de vermelho e branco. O ar estava denso, carregado de fumaça, poeira, magia quebrada, rosnados, gritos, uivos. Era impossível saber onde a guerra começava e onde ela terminava. Era tudo ao mesmo tempo, tudo misturado, tudo pulsando como o coração descompassado de um mundo prestes a ruir.
E no meio disso, vidas tentavam não serem arrancadas.
Solomon e Petra surgiram primeiro no caos, duas sombras enormes avançando entre lobos inimigos. Solomon, em sua forma de lobo ruivo, era força pura, músculos tensos, garras afiadas, olhos dourados determinados. Petra, menor, ágil, feroz, rosnava ao lado dele, os pelos da nuca arrepiados, o peito arfando com cada investida.
Eles lutavam em sincronia.
Ele avançava, ela cobria seu flanco, ela mordia, ele finalizava. Eram um par perfeito na batalha, um encaixe natural de força e instinto.
Três lobos de Atlas p