O sol ainda nem tinha rompido por completo o horizonte quando a Lua Sangrenta já fervilhava de movimento, o ar estava denso, pesado, o tipo de silêncio que antecede a guerra. A neblina da manhã se espalhava entre as árvores, e o som distante das armaduras e vozes de comando ecoava por todo o território.
Amber estava do lado de fora do alojamento, ajeitando o colete de proteção e amarrando os cabelos num rabo de cavalo alto. Tailon se aproximou por trás, em silêncio, observando cada movimento dela, o peito dele doía só de pensar no que estava por vir.
— Você devia ficar fora disso. — disse, enfim, quebrando o silêncio.
Amber virou o rosto pra ele, arqueando uma sobrancelha.
— Fora disso? — riu sem humor. — Tailon, eles vão atacar nossa casa, então não existe um “fora disso”.
— Eu sei. — Ele passou a mão pelo rosto, nervoso. — Mas não precisa ir pra linha de frente, é sério, fica aqui, ajuda os feridos, qualquer coisa, só não se arrisca.
Amber soltou o ar devagar e o olhou firme.
— Eu