Viver entre os humanos era uma hipótese mas Lyra não sabia se gostaria daquilo de verdade.
Eles se viraram de costas para a cidade e continuaram pela mata em silêncio. A civilização ficava para trás, como um mundo paralelo que jamais os aceitaria de verdade. O lobo os seguiu logo atrás, atento, e o vento soprou mais frio naquela parte da floresta.
Caminharam por mais alguns minutos em silêncio, os galhos estalando sob os pés, enquanto os sons da cidade iam ficando para trás, abafados pela mata densa. O sol já estava mais alto, rompendo entre as copas das árvores com feixes quentes de luz.
River seguia ao lado de Lyra, vez ou outra olhando para trás, como se ainda tentasse entender o que tinha visto.
— Você gosta das coisas dos humanos? — perguntou de repente, sem tirar os olhos do chão.
Lyra hesitou por um segundo. Era uma pergunta simples, de resposta simples também. Tudo o que Lyra viu dos humanos parecia… Legal, mas não viu muito do que eles haviam inventado.
— Gosto de algumas coi