Gregory apareceu na entrada da cozinha, a expressão dura, o corpo firme como uma parede. Os olhos dele passaram por mim num segundo e entenderam tudo.
Tudo.
Sir Hamilton Ford, rapidamente tirou a mão de mim, e deu um passo para trás de afastando.
— Está tudo bem aqui? — perguntou, com um tom que não deixava espaço para mentiras.
Hamilton ajeitou o colete, tentando disfarçar a presença inconveniente.
— Eu… ah… me perdi da festa — disse, sorrindo como um rato encurralado. — O salão é tão grande…
Gregory não sorriu.
— A festa é naquele sentido senhor — disse ele, gesticulando para o corredor. — A cozinha não é área dos convidados. Eu o acompanho de volta.
Hamilton lançou um último olhar para mim — lento, lascivo, nojento — antes de seguir Gregory.
— Muito… gentil da sua parte — murmurou ele.
Gregory o escoltou para fora, deixando a porta aberta atrás deles.
E só então meus pulmões decidiram funcionar de novo. Soltei o ar de forma trêmula, apoiando as mãos na mesa para não ca