— Respirando?
— Sim, capitão.
— Achei que tivesse deveres para cumprir — William disse, com frieza militar. — Ou seu tempo livre se estende ao ponto de invadir espaços destinados a criados?
Montenegro engoliu seco, conhecendo o humor curto de William.
Olhei para o chão para não ser pega no meio da tensão. Mas William virou o olhar para mim.
E então entendi que o espaço que ele queria marcar não era o de Montenegro.
Era o meu.
— E você — ele disse, a voz baixa e precisa — não deveria estar aqui.
Levantei o rosto devagar.
— Estou organizando as provisões, senhor.
— Não é isso que perguntei — ele rebateu, os olhos cortantes presos nos meus. — Perguntei o que você está fazendo aqui. Neste lugar. Com ele.
Montenegro deu um passo.
— Capitão, não há motivo para…
William cortou, seco:
— Oscar. Volte ao convés. Agora.
Montenegro hesitou por meio segundo.
Olhou para mim, preocupado, como se quisesse dizer alguma coisa.
Mas um oficial não desobedece a um capitão. E um amigo e