A madrugada se infiltrava pela mansão Bragança, silenciosa e densa, enquanto Luna e Leonel permaneciam juntos, mas distantes no pensamento. O peso da ameaça que pairava sobre eles fazia o ar ficar mais frio, mais pesado. Mesmo depois do fogo que haviam compartilhado momentos antes, a sensação de vulnerabilidade insistia em tomar conta.
Leonel estava no escritório, debruçado sobre documentos e gravações, tentando encontrar alguma pista que os levasse àqueles que os perseguiam. Luna, envolta em um roupão de seda preta, caminhava lentamente pela sala, os dedos tocando a borda do piano, tentando acalmar a mente inquieta.
O silêncio era cortado apenas pelo som das teclas quando Luna se deixou levar por uma melodia triste, um lamento de notas suaves que ecoavam na escuridão.
Leonel a observava, admirando a forma como ela expressava sua dor sem palavras, o jeito que o brilho nos olhos dela mesclava tristeza e força.
— Você deveria descansar — disse ele, fechando o laptop.
Ela parou de tocar,