A noite caía lentamente sobre a mansão Bragança, envolvendo tudo em um manto escuro, quase sufocante. Luna estava sentada no sofá da ampla sala, a mente trabalhando freneticamente. As últimas horas haviam sido um turbilhão de emoções — a intimidade com Leonel, o anúncio da ameaça que pairava sobre eles, e aquela sensação incômoda de que algo mais, mais obscuro, estava por vir.
Leonel entrou silencioso, trazendo uma taça de vinho para ela. O olhar dele carregava aquela intensidade misteriosa que sempre a deixava arrepiada.
— Você não está dormindo? — perguntou, sentando-se ao lado dela.
— Difícil com tudo isso na cabeça — respondeu Luna, tomando um gole do vinho, sentindo o líquido quente espalhar-se pelo corpo.
Ele observou o rosto dela com atenção, tentando captar o que ela não dizia.
— Quer conversar? — ofereceu.
Luna hesitou, então deixou que as palavras fluíssem.
— É só que... tenho medo do que essa guerra pode fazer com a gente. Não só com você, mas comigo também.
Leonel apertou