O som dos pneus ecoou como um trovão nas paredes do galpão. Faróis cortavam a escuridão com violência, anunciando a chegada de César Bragança. Alexander e Sophia estavam prontos — escondidos atrás de uma pilha de containers metálicos, com olhos atentos e respiração contida.
— Lá está ele — sussurrou Alexander, apontando discretamente. — E trouxe cinco homens armados. Tudo conforme o esperado.
Sophia assentiu, apertando o gravador escondido sob a blusa. O áudio que provaria toda a chantagem seria transmitido ao vivo para um servidor na nuvem, pronto para ser enviado à imprensa caso algo desse errado.
César saiu do carro devagar, vestindo um sobretudo preto. Sua expressão era uma mistura de desprezo e arrogância, como se ainda acreditasse estar no controle.
— Onde está minha filha bastarda? — rosnou para a escuridão.
Sophia surgiu, sem hesitar, os passos firmes, os olhos em chamas.
— Aqui. E não sou bastarda. Sou a verdade que você tentou enterrar.
César riu, seco.
— Que cena dramática.