O teste de gravidez estava ali, sobre a pia do banheiro, com suas duas listras vermelhas gritando uma verdade que fazia o coração de Luna disparar como em nenhuma guerra que ela já havia enfrentado.
Ela levou a mão ao ventre, ainda liso, ainda silencioso, mas que agora carregava um novo universo. Uma nova vida.
As lágrimas caíam, quentes e livres, como uma libertação. Pela primeira vez em muito tempo, ela chorava não de dor, mas de amor.
Leonel estava no quarto, preparando uma proposta para um novo projeto social da empresa, quando Luna apareceu na porta, pálida, mas com um sorriso indecifrável.
— Está tudo bem? — ele perguntou, deixando imediatamente o tablet de lado.
Ela apenas caminhou até ele, pegou sua mão e a colocou sobre sua barriga.
— Está pronto pra começar do zero… de novo?
Ele franziu o cenho por um instante, até o significado se instalar em sua mente como um raio de luz.
— Você está…?
Luna assentiu, os olhos marejados.
Leonel a puxou para os braços, rindo, chorando, sem s