A casa estava silenciosa, banhada pela luz suave do fim da tarde. Na cozinha, o aroma de pão assando no forno preenchia o ambiente, enquanto Luna organizava um pequeno caderno de anotações sobre a cerimônia de casamento. O sol projetava desenhos dourados nas paredes, e tudo parecia tranquilo — como se o universo, enfim, respirasse junto com ela.
Leonel entrou na sala com dois copos de suco natural, sorrindo ao vê-la tão concentrada.
— Vai ser um casamento ou um projeto de engenharia civil? — brincou, entregando um dos copos.
Luna riu, fechando o caderno.
— Vai ser o começo da nossa história oficial. Quero que cada detalhe tenha a nossa cara.
— Então tem que ter drama, reviravolta e final feliz — ele provocou, sentando-se ao lado dela.
— E muito amor, não se esqueça.
Leonel tocou o ventre dela, já levemente arredondado, e falou baixo:
— E uma testemunha muito especial.
Eles sorriram juntos. Era estranho — e maravilhoso — pensar que agora havia alguém crescendo ali dentro, alguém que já