O sol mal havia nascido quando o telefone de Leonel começou a vibrar insistentemente sobre o criado-mudo. O som cortou o silêncio do quarto, ainda impregnado pelo cheiro de amor, desejo e suor da noite anterior. Luna se remexeu, encolhendo-se nos braços dele, apertando-o, inconsciente, como se sua presença fosse um escudo contra o mundo.
Mas o mundo não esperaria.
Leonel pegou o telefone, atendendo sem nem olhar quem era.
— Fala. — sua voz ainda rouca, arrastada.
Do outro lado, a voz de Rafael soou urgente, quase ofegante.
— Temos um problema. E dos grandes. — disse, sem rodeios. — Henrique Vasconcellos desapareceu. Sumiu. A mansão está vazia, os funcionários sumiram, os carros desapareceram. Ele limpou tudo.
Leonel imediatamente se sentou na cama, puxando o lençol para cobrir Luna, que despertava devagar.
— Como assim, Rafael? Ele não pode simplesmente sumir! — sua voz agora estava afiada, cortante.
— Sumiu. E não só isso. — Rafael respirou fundo. — Temos informações de que ele trans