A noite caiu com um peso silencioso sobre a mansão Bragança. Luna observava o céu escuro pela janela do quarto, os pensamentos longe, distantes das luzes que piscavam na cidade. Cada nova descoberta sobre o passado da família de Leonel era uma rachadura no espelho da segurança que ambos estavam tentando construir.
Leonel entrou no quarto após uma ligação com Matteo, seus ombros tensos e os olhos carregados de preocupação. Ele se sentou na beira da cama, esfregando as têmporas.
— Não conseguimos rastrear a origem da câmera escondida. Ela foi instalada recentemente, em um ponto morto da segurança.
— Alguém de dentro — concluiu Luna, sentando-se ao lado dele. — Alguém que conhece cada detalhe da empresa, cada falha nos protocolos.
— E que sabe onde estamos mais vulneráveis.
O silêncio entre eles não era desconfortável, mas carregado. Leonel pegou a mão de Luna e a levou até seus lábios, beijando-a com ternura.
— Prometi a mim mesmo que protegeria você de tudo isso. Mas quanto mais mergul