A notícia da prisão de Hugo se espalhou pelas dependências do Grupo Bragança como um incêndio silencioso. Não houve pronunciamentos públicos nem comunicados oficiais — apenas olhares desconfiados, sussurros em corredores e portas que se fechavam assim que Leonel ou Luna passavam.
— Está controlado? — Luna perguntou enquanto ajeitava papéis sobre sua mesa.
— Até onde conseguimos prever, sim — respondeu Matteo, do outro lado da linha. — Mas... estamos levantando uma nova pista. Uma transferência de fundos feita por Hugo para uma conta offshore que não identificamos ainda. Parece haver outro nome envolvido.
Ela franziu a testa.
— Alguém de dentro?
— Provavelmente. E se for quem eu estou imaginando... temos um problema ainda maior.
Luna olhou pela janela. O sol da manhã banhava os arranha-céus da cidade, mas dentro dela, uma sombra inquieta se formava. Desde o início, havia sentido que tudo era mais profundo do que aparentava. Hugo fora apenas a ponta do iceberg.
Na sala ao lado, Leonel f