Capítulo 105 – Ecos do Passado

O silêncio no escritório de Leonel era profundo, quebrado apenas pelo leve tilintar dos cubos de gelo em seu copo de uísque. O dia fora longo, e as revelações da reunião do Conselho ainda ecoavam em sua mente. A ideia de ter um irmão perdido, supostamente morto há décadas, voltava como um espectro a cada pensamento.

Luna entrou no cômodo sem fazer barulho. Ela carregava um tablet nas mãos, os olhos atentos aos arquivos que havia recebido de Gabriela minutos antes.

— Temos algo — disse, sua voz baixa mas firme. — Gabriela cruzou os dados das contas secretas do seu pai com registros internacionais. Encontrou uma movimentação incomum feita para uma instituição médica privada na Suíça.

Leonel ergueu os olhos.

— Que tipo de instituição?

— Psiquiátrica.

Ele se endireitou na cadeira, o olhar se tornando mais agudo.

— Há nome do paciente?

Luna assentiu, deslizando a tela do tablet até que o nome surgisse em letras claras.

— Caio Rafael Bragança.

Leonel ficou imóvel por um longo momento.

— Cai
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