Ao retornar para casa, Patrícia foi recebida pelo calor morno da tarde que atravessava as janelas da frente, lançando retalhos dourados sobre o chão de madeira. Assim que fechou o portão de ferro atrás de si, avistou Catarina sentada nos degraus da varanda, os cabelos presos num coque malfeito e um sorriso curioso nos lábios.
— Tenho uma coisa a contar, Elisa ganhou flores de Ivan Valdequio. — disse Catarina, erguendo uma sobrancelha. — A sua irmã ganhou flores. Um buquê enorme!
Já passava das duas da tarde, e Patrícia havia almoçado na casa da amiga. A barriga ainda estava satisfeita com o tempero marcante do ensopado de galinha de Anahí.
Ao entrar, sentiu o ar levemente perfumado com um toque floral. A casa estava silenciosa, exceto pelo tique-taque ritmado do relógio na parede da sala. Ninguém por ali — supôs que sua mãe e a irmã estivessem recolhidas em seus quartos, talvez cochilando ou lendo.
Na mesa de centro, num jarro de vidro azul turquesa, as flores estavam dispostas c