Na manhã seguinte, o céu estava limpo, salpicado por nuvens brancas que deslizavam preguiçosamente. Uma brisa suave percorria o mercado, carregando o cheiro de frutas frescas, pão recém-assado e flores recém-colhidas. Patrícia, com as mangas arregaçadas e o rosto corado pelo sol, sorria satisfeita. Sua banca estava vazia — todos os produtos haviam sido vendidos em poucas horas.
Ela guardava os panos e caixinhas com leveza nos gestos, embalada por uma alegria simples e genuína.
— Que alívio… — murmurou para si, passando a mão no avental.
Foi quando ouviu passos conhecidos se aproximando pelo calçamento de pedras. Anahí surgiu entre as barracas, vestida com uma saia leve de algodão azul e um lenço preso nos cabelos.
— Que bom que já vendeu tudo! — exclamou com entusiasmo. — Quer ir comigo à biblioteca? Preciso devolver um livro.
— Claro, estava mesmo pensando em passar lá — respondeu Patrícia, ajeitando a cesta no braço. — Tenho dois que já terminei.
As duas caminharam juntas pelas ruas