Cassino e conspiração Cap 7

Na noite seguinte, o cassino exalava uma aura de decadente sofisticação. Luzes douradas filtravam-se através das lâmpadas de cristal, lançando reflexos dançantes sobre os móveis de veludo vermelho. A fumaça dos charutos desenhava espirais preguiçosas no ar, misturando-se ao aroma forte de conhaque envelhecido e perfumes caros. Risadas abafadas, sussurros carregados de segundas intenções e o tilintar das fichas criavam uma sinfonia clandestina de luxúria e jogo.

Carlos, de colete escuro e mangas arregaçadas, movia-se entre as mesas com elegância despreocupada, equilibrando uma bandeja com copos de uísque e coquetéis. Seu sorriso fácil e olhar astuto arrancavam risos das damas e olhares enviesados dos cavalheiros.

Três homens atravessaram as portas com discrição. Carlos os reconheceu de imediato.

— Boa noite aos senhores. Vão querer jogar? — perguntou com um ar de cumplicidade.

— Vamos sim. — respondeu Zacarias com um leve aceno.

Um deles — Henry — usava um bigode postiço e
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