— Credo... O que deu nele?
Alina não sabia como responder. Ela apenas se manteve em silêncio, os pensamentos confusos, enquanto observava Joaquim se afastar da mesa.
O dia parecia interminável.
Desde o café da manhã, Joaquim foi para o escritório, ele trabalhou de casa, mas não havia trocado uma palavra comigo. Durante o dia, fui ate seu escritório, levei um lanche, depois voltei com café, tentei puxar assunto umas três vezes — uma sobre o almoço, outra sobre a Isabela e a última perguntando se ele queria mais café... em todas, ele respondeu com um “hum” ou nem se deu ao trabalho de responder. Estava ocupado com mil papéis, o telefone colado na orelha e o cenho permanentemente franzido.
Mas a forma como ele simplesmente me ignorava me fazia querer esgana-lo. Era como se eu não existisse. Passei o dia me remoendo. A cada hora que passava, meu orgulho ia sendo engolido pela angústia. Eu não tinha feito nada de mais. Só não dei uma resposta imediata à proposta de Veronica e fugi no meio