E então ele saiu, deixando para trás um quarto cheio de tensão, um coração acelerado, e um colar no pescoço que pesava mais que ouro: pesava intenções.
O quarto parecia pequeno demais para a tempestade dentro dela.
Alina andava de um lado para o outro, o colar pendendo em seu pescoço como um lembrete do que acabara de acontecer. As palavras dele ecoavam em sua cabeça:
"Ainda não."
Aquilo a irritava e a excitava. Sentia-se exposta, despida emocionalmente. Ele a lia com uma facilidade absurda. E ainda assim… não recuava.
Ele a queria. Mas do jeito dele.
Ela olhou o próprio reflexo no espelho. A flor do colar repousava sobre a pele do colo, suave… íntima. Como um toque. Como um convite.
Foi então que ela decidiu.
Bateu à porta do quarto dele.
Um toque. Dois.
A porta se abriu lentamente. Joaquim estava de pé, descalço, com os cabelos ligeiramente bagunçados e a camisa preta aberta nos primeiros botões.
— "Alina?" — a voz dele saiu baixa, como se não acreditasse que ela estava m