Mais dois dias.
Dois malditos dias.
E então, ele a veria de novo.
Mesmo que não soubesse o que dizer.
Mesmo que tudo dentro dele gritasse por ela.
O segundo evento da viagem foi um jantar formal seguido de um coquetel exclusivo para grandes investidores. Joaquim não gostava de socializações forçadas, mas ali era necessário — contatos eram parte do jogo.
Ele estava elegante como sempre: terno escuro, expressão séria, copo de uísque na mão. Andava entre os convidados com a postura de quem controlava tudo… menos a si mesmo.
No meio do salão, Elaine, uma executiva francesa que já demonstrara certo interesse desde o primeiro dia, se aproximou. Loira, alta, com um vestido vinho colado ao corpo. Ela não escondia as intenções.
— “Você está ainda mais atraente hoje, Joaquim.” — disse, com um leve sorriso.
Ele retribuiu educadamente.
— “Obrigado, Elaine. Está deslumbrante também.”
Conversaram por alguns minutos sobre negócios, viagens, vinhos… até que ela se aproximou mais do que dev