— Não acredito que você aceitou o convite! — A amiga exclamou do outro lado da linha, a risada clara ecoando pelo telefone.
— Ah, eu não sei se fiz certo.... É só um passeio pela cidade. Ele parece legal, sabe? — Alina respondeu, tentando soar despretensiosa, mas o tom animado a traía.
— Legal? Ele é um gato, Alina! Não acredito que você finalmente vai sair com alguém. Vai ser divertido. Sabe de uma coisa? Vou encontrar vocês no café que tem perto da praça. Assim a gente já combina algo depois.
Alina hesitou um segundo, mas cedeu ao entusiasmo da amiga. — Tá bom, a gente se encontra lá.
— Então se arruma, mulher! Capricha. Quero te ver deslumbrante. Mostra pro mundo — e pra você mesma — o quanto é linda.
Alina riu, nervosa e animada. — Ah, não exagera.... Mas vou tentar, só por você.
Enquanto falava, Alina não percebeu que Joaquim estava parado no corredor, a porta do quarto dela
entreaberta. Ele ouvia cada palavra, o maxilar travado, os punhos cerrados ao lado do corpo. A menção de