(Filha da mãe)
Alina subiu as escadas com passos apressados, o coração batendo forte no peito, ainda quente com a raiva e o constrangimento. Ao chegar ao corredor, olhou discretamente em volta, aliviando-se ao perceber que a casa estava em silêncio. Nenhum sinal de Alice, muito menos de Joaquim, que provavelmente ainda estava se espreguiçando com aquele sorriso cínico plantado no rosto.
Graças a Deus.
Ela suspirou fundo e entrou no quarto, fechando a porta atrás de si com cuidado. Encostou-se por um instante na madeira, os olhos fechados, tentando encontrar algum vestígio de paz em meio à confusão que sentia.
A manhã ainda nem tinha começado de fato, e ela já estava cansada.
Se jogou na cama, sem forças, encarando o teto. A lembrança da noite anterior voltava com intensidade, misturando prazer, raiva, vergonha e... desejo. Joaquim era uma tempestade. E ela, tola, havia corrido direto para o olho dela. De novo.
Levantou-se com um suspiro, indo até o armário para buscar uma roupa