Alina. Ainda viva, mas visivelmente abalada. Sentada em uma cadeira de ferro, em um galpão sujo e escuro. Os olhos
inchados de chorar, os cabelos desgrenhados. Ela usava a mesma roupa da festa, agora amassada e suja. O medo estampado em seu rosto fez Joaquim cambalear para trás.
Ele grunhiu algo inaudível, jogando o celular com força contra a mesa. Alguns papéis voaram, e um dos computadores quase tombou.
— Filho da puta… — murmurou entre dentes cerrados, os olhos fixos na tela.
Verônica, que assistia à cena em silêncio desde o canto da sala, aproximou-se com cautela.
— Joaquim… você precisa parar por um instante. Só um instante — disse ela, a voz firme, mas carregada de preocupação. — Você está há mais de doze horas assim. Precisa comer, descansar, pelo menos trocar de roupa…
— Não posso! — ele explodiu, os olhos ardendo. — Eles estão com ela, Verônica! Com a Alina! E a cada segundo que passa, eu posso estar perdendo ela pra sempre!
Ela segurou o rosto do irmão com as duas mãos.
— E