— Cuidado com o que fala dela. Essa “garotinha” tem mais caráter do que você teve em todos os anos que vivemos
juntos.
Clara se aproximou mais uma vez, sussurrando com veneno:
— Vai ver que é isso que te excita, né? Ela não saber quem você é de verdade.
Joaquim deu um passo para o lado, abrindo a porta do escritório.
— Sai da minha casa, Clara. Agora.
Ela sorriu friamente, sem se abalar.
E saiu com a mesma arrogância com que entrou, deixando um silêncio pesado no ar.
Joaquim fechou os olhos por um segundo, inspirando fundo. Já sabia que Clara não iria embora fácil. Mas agora, mais do que nunca, ele precisava proteger Alina. E a si mesmo.
Clara caminhava lentamente em direção ao jardim, onde Alina estava sentada em paz, com um livro no colo e os pés
descalços sobre a grama. A tranquilidade da babá a incomodava mais do que qualquer grito poderia. Era insuportável ver aquela garota tão confortável em um espaço que Clara ainda insistia em considerar seu.
Com um copo de água gelada na mã