Três meses após a morte de Oliver, Nicholas se vê diante de situações que mexem completamente com o seu emocional. Após uma temporada de luto na Europa, onde ele chegou ao fundo do poço, ele retorna a Nova Iorque para cumprir com suas obrigações com a empresa e com Ada Mitchell, a ex-noiva que ficou grávida na última vez em que estiveram juntos. A fim de dar apoio a ela, Nicholas se vê obrigado a tomar decisões difíceis em relação aos próprios sentimentos. Ainda magoado com Ellen, ele torna-se um homem distante, frio e cruel. Não se importando em magoar os sentimentos alheios. Ellen, por outro lado, volta a viver sua vida normalmente, frequentando a Universidade de Miami, trabalhando e competindo em torneios de hipismo. Ela não demonstra sofrimento na frente dos amigos e colegas de trabalho, mantendo todos no escuro sobre sua dor. Com o coração partido, ela faz de tudo para manter a mente fechada para as notícias que recebe de tempos em tempos sobre o amor de sua vida em Nova Iorque. Ela mantém o melhor amigo Asher perto de si, pois acha que ele é a única pessoa que não lhe causa dor e em certo momento, até chega a pensar em tentar esquecer Nicholas nos braços de outro. Mas o encontros casuais entre Ellen e Nicholas, tanto em Miami como em Nova Iorque, faz com que nenhum dos dois possa seguir em frente plenamente, pois a cada palavra dita ou olhar trocado, eles sentem o amor querendo uni-los outra vez.
Leer másNicholas acordou sem saber onde estava. Como poderia saber? Havia bebido e consumido uma quantidade absurda de êxtase em uma das festas que participou na noite anterior. Ele olhou para os lados e apertou os olhos com força quando a cortina na janela se mexeu e um raio de sol o seguiu até a cama em que ele estava dormindo.
Alguma coisa se mexeu do seu lado e ele precisou focar a visão, para ver duas mulheres completamente nuas, dormindo ao seu lado. Os braços delas estavam enrolados uma à outra e suas pernas estavam enroladas nas dele. Ele sequer lembrava o que tinha feito com elas, mas os vários pacotes vazios de camisinhas espalhados no chão e as roupas jogadas para todos os lados, denunciavam o ocorrido.Ele bocejou e tirou o braço de uma das mulheres que estava em cima da sua barriga para poder se levantar. Olhou para o seu membro semiereto e considerou voltar à cama, mas a queimação no seu estômago e um forte enjoo o impediram. Vestiu sua calça e saiu do quarto. Desceu as escadas e se deparou com uma orgia que ocorria no meio da sala, com dois homens e quatro mulheres tão confusamente ligados que Nicholas teve que realmente usar o cérebro para entender a junção dos corpos.Chegou à cozinha e preparou seu café da manhã. Estava voltando ao quarto para acordar as mulheres que dormiam em sua cama quando um alvoroço fora da casa chamou sua atenção. Parou na escada, mas após identificar a voz que começara tudo, revirou os olhos e subiu. Encontrou ambas as mulheres já acordadas e conversando, obviamente sobre a noite que tiveram com ele.Nicholas tirou a calça novamente e se jogou na cama. Uma das mulheres o montou enquanto a outra sentava no seu rosto, praticamente fodendo sua cara. Ele estava tão entretido que não notou quando a porta do seu quarto foi aberta e seu pai entrou furioso no lugar.— Que porra é essa Nicholas? — o homem esbravejou. Nicholas não respondeu. Limitou-se a gemer enquanto a mulher lhe cavalgava e tinha a boceta da outra colada à sua boca.Os olhos furiosos de Julian fitaram a cena com desprezo e nojo. Ele não queria que o filho estivesse nessa situação. Seu lugar era em Nova Iorque, onde as ações da empresa da família perdia cada vez mais o seu valor. Era inadmissível que Nicholas estivesse em Praga, fodendo dezenas e dezenas de mulheres de dia e se drogando à noite inteira enquanto a empresa afundava depois que o patriarca Hoffman faleceu.Mas Julian sabia, melhor do que ninguém, que ele só estava agindo desse jeito porque tivera o coração partido e arrancado em menos de vinte e quatro horas. A perda do avô foi o golpe mais duro que Nicholas sentiu na vida e não seria de uma hora pra outra que as coisas mudariam.Vê-lo ali, entregue a duas estranhas, sem dá a menor importância ao fato de o seu pai estar assistindo a tudo de camarote, era a prova de que o Nicholas que todos conheciam estava muito distante nesse momento. Ele nunca fizera algo do tipo. Mesmo quando fora traído pela Ada e se entregara a uma vida de luxúria, ele tinha pudor o suficiente para não agir como um discípulo de Calígula.Ignorando um pouco a raiva que o levara até Praga, Julian abriu a porta e saiu do quarto para esperar que seu filho terminasse o que estava fazendo. Ele sabia que tirá-lo de lá aos trancos e barrancos só iria servir para deixá-lo furioso e fazê-lo pegar o próximo voo para um lugar mais longe dessa vez. Assim, ele esperou e esperou. Por vários minutos, mas os gritos e gemidos não pareciam ter fim. Ao invés de diminuírem, foram ficando mais intensos e cada vez mais altos.Mas a raiva adormecida não impediu Julian de esbravejar com o anfitrião do seu filho. Ele procurou por Jeff em todos os lugares e o encontrou com uma mulher em um dos corredores. Havia cerca de vinte quartos na casa e ele nem mesmo se deu ao trabalho de levar a garota para um deles, pensou Julian. E ao vê-lo ali, totalmente alheio à suruba que acontecia na sala e ao que o seu filho fazia a apenas alguns metros de distância, Julian o pegou pelo braço e o levou para longe da mulher que ele estava prestes a foder contra a parede.— Que porra você está fazendo, tio Julian? — a voz de Jeff era de indignação e raiva. Quem Julian pensava ser para entrar na casa dele e agir como se fosse seu pai?— Você pelo menos faz alguma ideia do que está acontecendo na sua m*****a casa ou está chapado demais para se dar conta? — Julian berrou com o garoto de vinte e poucos anos.— Isso é por causa do Nicholas? — Jeff perguntou, arrumando agora calmamente sua camisa para dentro da calça. Julian não respondeu. Apenas rugiu, dando-lhe um olhar que causaria danos a qualquer homem. Para Jeff o efeito não foi diferente.— Ele se drogou ontem à noite?— Que dia, desde que ele fugiu de Nova Iorque há três meses, ele não se drogou?— E você permitiu. — Julian afirmou baixinho. Depois colocou a mão fechada na frente do rosto, numa tentativa vã de se acalmar.— Eu sou primo dele, não sou irmão ou pai, ou avô... — ele parou. Não era certo falar algo assim. Julian ignorou a última sentença do sobrinho da sua esposa, mas ficou de frente para o rapaz com uma postura claramente superior e que não deixava brechas para discussão enquanto falava:— Você vai mandar o Nicholas embora daqui. Não me importa se são próximos agora. Eu não quero ver o futuro do meu filho ser jogado fora uma segunda vez na vida.— Se eu o mandar embora, ele pode ir para outro lugar. — o rapaz disse com raiva. Mas ao notar o olhar conciso do tio, acrescentou baixinho — Não é garantia que ele volte para Nova Iorque tio, o senhor sabe.— Você vai...— Ora papai, não precisa vir aqui incomodar o Jeff. — Nicholas apareceu de repente, cortando o pai com sua voz um pouco mais grave que o normal, Deve ter sido pelos orgasmos que acabara de ter com as duas mulheres. — Se me quer de volta é só falar. Não arme nas minhas costas com o meu primo.Julian olhou o filho, nu, de cima a baixo e soltou um suspiro frustrado.— Muito bem então. Você já viveu seu luto. De forma muito dramática, arrisco dizer, mas não o julgo, meu filho. Mas você sabe que tem responsabilidades a cumprir na empresa e com a...— Eu sei. Você não precisa me lembrar do quanto eu fui burro. Voltarei para Nova Iorque em uma semana. Pode ir embora agora. — Nicholas se virou para sair da presença do pai e do primo, que só olhava para eles com a boca fechada, mas Julian o segurou pelo cotovelo em um movimento rápido e o fez encará-lo.— A empresa não tem mais uma semana. Nossas ações estão caindo mais rápido que um tiro para baixo. E a situação da pobre Ada é deplorável. As pessoas já estão comentando...Nicholas soltou-se do aperto do pai com um solavanco forte. Depois o encarou com os olhos brilhando de raiva, porém não falou nada. Apenas assentiu e saiu. Ele sabia que precisava voltar. A empresa do seu amado avô não sobreviveria ao seu distanciamento, já que com a morte dele e o ingresso definitivo do seu pai na política, Nicholas permanente.— Vou arrumar minhas coisas. — Ele sabia no quê tinha se metido. E sabia que desses problemas, apenas ele poderia se salvar.Nicholas estava nervoso. Mil coisas para fazer em pouco tempo. Ellen não estava em um bom momento para ajudá-lo nessa hora então ele teria que se virar sozinho e mesmo com alguma experiência adquirida nos últimos anos, trocar as fraldas de um bebê não era essa coisa fácil que ele chegara a pensar um dia.— Amor, eu sei que você está ocupada aí, mas pode dar uma mãozinha aqui, por favor? — Nicholas gritou para Ellen que relaxava na banheira.Ela riu alto. Ele ainda não tinha pegado o jeito. Há três bebês atrás, ele fazia as mesmas reclamações. Por que eles fazem tanta sujeira? Por que choram tanto? E por que diabos têm que comer como se tivessem um buraco negro dentro da barriga? E agora, com mais um, ele repetia a mesma coisa. Ellen respondia apenas com um sorriso enquanto ele quebrava a cabeça com suas dúvidas.Enrolada em uma toalha, Ellen saiu do banheiro e caminhou até o quarto. A pequena Emily estava quieta olhando para o seu pai, mas sua bunda estava toda de fora, assim como est
— Eu odeio você. — faço beicinho como uma criança de dois anos a quem a mãe negou um doce. Ouço sua risada rouca e sinto meu ventre se retorcendo. Droga! Ele não pode me deixar excitada agora, eu estou zangada com ele.— Não odeia, não. Você me ama, garota.Sim. É claro que eu o amo. Menos quando ele está sendo obtuso desse jeito e me torturando assim. Eu consigo saber o caminho que estamos tomando por pelo menos cinco minutos, tendo como referência o lugar de onde saímos e o pouco de conhecimento que eu já tenho da cidade. Mas após o bastardo dar voltas e mais voltas pelas ruas, eu me perco completamente. Eu quase posso ver o seu sorriso vitorioso por me enganar assim.Quando enfim paramos, eu tento captar todo e qualquer sinal que me diga onde estamos, mas não consigo decifrar nada. Barulho? Não há. Cheiros? Não identifico. Apenas a temperatura me faz pensar em alguns lugares prováveis. É frio aqui e eu posso pensar em algo perto da praia pela brisa, mas não se parece com Miami Beac
ELLEN— Bom dia, dorminhoco. — toco os cabelos do Nick, que está se mexendo tranquilamente ao meu lado na cama do hospital. Ele abre os olhos devagar e esfrega-os antes de sorrir pra mim.Eu passei a noite no hospital mesmo achando isso desnecessário, pois me sentia muito bem depois que fui medicada. E embora sabendo que o Nick queria deixar esse dia horrível para trás na nossa cama, estar aqui o deixaria mais tranquilo em relação a mim e aos nossos bebês. Bebês. Como foi que eu consegui isso? Uma familia completa assim logo de cara com o homem da minha vida? Acho que sou a mulher mais sortuda do mundo, só pode.Mesmo com todos os contras, aqui estou eu. Casada com um homem maravilhoso, grávida de dois mini Nicks e ainda... Viva. Pensei que fosse morrer hoje com aquela vadia apontando uma arma para a minha cabeça e tudo o que eu conseguia pensar não era nem na minha própria vida, mas sim na dor que isso causaria ao Nick. Nossa! Eu sei que ele ficaria destruído de uma forma que talvez
É claro. Ela trouxe a Ellen e a Amber como garantia. Mas agora que ela acha que eu estou morto e que o Asher realmente está, não há motivos para manter as duas seguras.— Obrigado, Tomas. Informe a polícia e mande alguns policiais para as coordenadas que eu vou te enviar.Desligo o celular e instruo o Martin a mandar as coordenadas do lugar para o Tomas. Nesse momento, a Molly vai até o carro, tira a Amber de lá arrastada e a joga no chão. Em seguida faz a mesma coisa com a minha Ellen. Ok, isso é tudo que eu posso ver dessa vadia.— Martin, ela vai matá-las. Você tem boa pontaria?— Por que, senhor?— Porque a alternativa é eu aparecer atirando pra todo lado até matá-la antes que ela faça isso com a minha mulher.— Sim, senhor, eu tenho. Essa vadia morre agora.Martin começa a se aproximar mais do helicóptero, tomando cuidado para não ser visto. Ouço a Molly falando, mas entendo o que ela diz às duas. E quando ela aponta a arma para a Ellen, eu fico de pé – desesperado porque o Marti
— Por que você iria querer matar a Ellen, Asher? — jogo — O que ela te fez? Não sou eu o culpado por sua vida estar assim? — dou a entender que sei o motivo pelo qual ele entrou no jogo do Mike.— Você é o culpado. E matar você seria a melhor coisa do mundo.— Mas e a Ellen?— Ellen e eu ficaremos juntos para sempre.— Você é louco ou só idiota? A Molly vai matar a Ellen.— Não, ela não vai. Nós dois temos um acordo. Mas você não está facilitando.Oh. Ele quer me matar por vingança. A Molly também quer vingança. Os dois devem querer a mesma coisa, então. Se a Molly está com a Ellen e eu não estou "facilitando" as coisas para o Asher, quer dizer que a vida da Ellen depende da minha.— Você tem que me matar senão a Molly vai matá-la, não é?— Você enfim entendeu. Enquanto você estiver vivo, a vida dela não vale nada pra Molly.— Então você vai fazer isso.Jimmy e Martin saem da boate e me chamam. Deixo Asher aos cuidados do Tomas e vou encontrá-los.— Encontramos isso lá dentro, senhor
— Ele tentou me matar hoje e falhou. Ele deve ter vindo terminar o trabalho.Se ele não tem a intenção de matar a Ellen, ele só pode tê-la sequestrado para ficar com ela. Até porque se Ele a quisesse morta, ele a teria matado ou pelo menos tentado lá no aeroporto. Ele deve saber que eu o procuraria até no inferno pra tê-la de volta, então me matar é a única saída pra ter paz, por assim dizer.— Que bom que ele veio a nós. Vamos pegá-lo, senhor Hoffman. — Martin diz com um sorriso.— Vamos sim. Mas antes eu quero que um dos seus homens leve a minha mãe pra casa.— O quê? — ela fica indignada — Não mesmo. Eu não vou deixar você lidar sozinho com isso. Martin, não se atreva.— Me desculpe, senhor Hoffman, mas foi a senhora Hoffman quem me contratou, então...— Eu pago o dobro que ela te pagou, mas mande um dos seus homens a levar pra casa em segurança.Martin olha pra minha mãe como se tivesse pedindo permissão. Ela me encara com as mãos nos quadris, claramente me desafiando a fazê-la m
Último capítulo