Ela desceu do carro com o coração leve, quase flutuando. Ao entrar em casa, ainda sentia o gosto do beijo dele nos lábios e a lembrança da noi-te como um calor gostoso na pele. E, mesmo sem dizer em voz alta, soube que algo dentro dela havia começado a mudar.
O jantar com Gabriel tinha começado tranquilo, como sempre. O restaurante favorito dos dois estava movimentado, com luzes suaves e um clima agradável. Alina sorria, tentando se manter presente, tentando aproveitar.
Ao cruzar a sala, notou que a luz estava acesa. Apesar de não ser tão tarde, ela sabia que só uma pessoa poderia estar lá. Tirou os saltos, tentan-do não fazer barulho. Olhou de soslaio para o lado e viu a silhueta imponente do homem que vinha tirando seu sono. Ele estava de pé, olhando para o bar da sala. Antes que ela pudesse subir os degraus, sua voz rouca rompeu o silêncio, fazendo-a congelar.
— Vai começar a trazer esse cara pra casa agora?
Fiquei em silêncio. Não sabia como responder. Afinal, aquela não era exata