Enquanto todos riam no jardim, o cheiro de ervas frescas e o som dos talheres sendo organizados na cozinha preenchiam o ambiente. Sofia sentiu o celular vibrar no bolso do vestido e se afastou discretamente, indo até a lateral da casa, onde ninguém podia escutá-la.
— O que você quer? — murmurou em meio aos sussurros, a voz tensa e controlada.
Do outro lado da linha, a voz de Henri surgiu fria e objetiva:
— Quero te ver. Meia hora. Aqui no meu apartamento.
Sofia olhou em volta, certificando-se de que ninguém a via, e respondeu em um tom impaciente:
— Eu não posso. A casa está cheia. Todo mundo aqui... É o casamento da Amanda.
— Meia hora, Sofia. Ou... — ele começou, mas não teve tempo de completar.
— Tá bom. — cortou ela, seca, com os olhos arregalados. — Me espera.
Ela desligou rapidamente, apertando o celular com força, e respirou fundo antes de voltar ao jardim, tentando disfarçar a agitação em seu rosto.
Se ela não fosse, se não fosse a esposa de José, se não tivesse construído aqu