A manhã estava silenciosa na imponente mansão da família Santos, em meio aos jardins impecavelmente aparados e ao ar de poder que cercava aquele lugar como um manto invisível.
Na sala de estar, Joana Santos saboreava seu café, como fazia todos os dias, vestida em sua tradicional seda italiana, joias discretas — mas valiosas — e um olhar que jamais perdia um detalhe sequer.
A tranquilidade foi interrompida quando o mordomo entrou, trazendo em mãos um envelope creme com detalhes dourados. A caligrafia era caprichada. No centro, lia-se em letras elegantes:
“Convite oficial - Aniversário de Matheus Andrade.”
— “Chegou por portador particular, senhora. Apenas três nomes constam na lista.” — disse o mordomo, entregando o envelope a Emílio Santos, que estava sentado no sofá lendo o jornal.
Ele ergueu uma sobrancelha e abriu o convite com curiosidade. Assim que leu, sorriu de leve, quase irônico:
— “Interessante.”
Bruno e José Ricardo se aproximaram, atraídos pelo tom da voz do pai.
— “O que