— Patrão... — disse um dos homens de Bruno, ajeitando nervoso o boné enquanto entrava apressado na sala da empresa em São Paulo. — A gente tá vigiando o Santiago já tem mais de um mês… e... ele não tá com sua esposa nem com o filho. Nem sinal delas, patrão.
Bruno se virou devagar na cadeira, estreitando os olhos.
— Continua. — ordenou, frio.
— A gente já rodou tudo, seguiu ele em todos os lugares. Ele tá sozinho. Tá cuidando dos negócios dele, fechando contratos, mas... dela... nem sombra.
Quando o homem terminou, Tonho — outro dos seguranças — passou pela porta, cumprimentando com um aceno rápido e saiu.
Bruno, no mesmo instante, socou a mesa com força, fazendo os porta-canetas voarem e os papéis se espalharem.
— Merda! — rosnou, respirando pesado, cerrando os punhos.
Foi quando a porta se abriu de novo, dessa vez sem bater.
— Aconteceu alguma coisa? — perguntou Isadora, entrando elegante, com aquele tom que misturava curiosidade e veneno.
Bruno respirou fundo, apertando os olhos, te