O som dos pneus na estrada de terra levantou poeira. Dois carros pretos, vidros escuros. Ninguém esperava.

Dália, que estava na cozinha, olhou pela janela, pálida.

— Rebeca... olha isso... — sua voz saiu trêmula.

Quando Rebeca olhou, apertou os olhos, cruzou os braços e murmurou:

— Ah, claro... olha quem resolveu aparecer...Izadora desce do carro, salto agulha afundando na terra, sem se importar. Óculos escuros, bolsa caríssima no ombro, postura de quem se acha dona do mundo. Atrás dela, os pais de Bruno, Emanuel e Joana Santos.

— Onde está o Bruno? — pergunta Izadora, altiva. — E, por favor, me mostrem onde está aquela... garota.

Ela entra na fazenda como se fosse dela. Dá ordens, muda coisas de lugar, questiona empregados:

— Essa mesa estava assim? Está horrível. Troquem. E as flores? Por Deus, nem flores decentes nessa casa?

Até que, de repente, se vira, olhando direto pra Dália:

— E onde está... a... Rafaella? Onde ela está hospedada?

Dália abaixa a cabeça, hesita... mas Rebeca su