As escadas imponentes da fazenda pareciam mais longas naquele fim de tarde. Rafaella descia devagar, segurando firme no braço de Rebeca. O corpo ainda frágil, as mãos tremendo, mas cabeça erguida. A barriga começava a tomar forma, pequena, mas já visível.

O silêncio era quebrado apenas pelo som dos sapatos no piso de mármore... até que surge Izadora. Encostada na parede, braços cruzados, olhar venenoso.

— Olha só quem resolveu aparecer... — sua voz cortante, cheia de sarcasmo.

Rafaella não responde, só aperta mais forte o braço de Rebeca.

Izadora dá alguns passos, desce dois degraus, ficando na frente delas, e então solta, com aquele sorriso falso, carregado de veneno:

— Você sabe que tudo isso... — abre os braços, indicando a casa — ...esse cuidado, essa gentileza toda... tem data pra acabar, né?

Rebeca já ia responder, mas Izadora ergue uma mão, olhando direto pra Rafaella:

— Assim que essa... — olha pra barriga dela com desprezo —... criança nascer, você volta pra sua realidade. E