Bruno subiu do elevador e, ao virar o corredor do andar da cobertura, viu a silhueta de Izadora parada em frente à porta do seu apartamento. Estava com os braços cruzados, o semblante nervoso e a respiração acelerada.
— “Izadora? O que você tá fazendo aqui?” — perguntou ele, tentando manter a calma.
— “Eu preciso falar com você, é importante.”
Bruno respirou fundo e destrancou a porta.
— “Tudo bem. Entra.”
Ela entrou e olhou ao redor. Seu olhar logo pousou no sofá desalinhado, a taça de vinho esquecida sobre a mesinha lateral e um perfume no ar que definitivamente não era o dela.
— “Alguém esteve aqui…” — murmurou, andando até o sofá. Ela virou-se de súbito, os olhos arregalados. — “Não… Não pode ser. Você transou com ela, não foi?”
Bruno permaneceu em silêncio por um instante.
— “Izadora…”
— “Diz que não, Bruno! Me diz que você não deitou com ela de novo! Com a Rafaella!” — sua voz era um misto de desespero, raiva e dor. — “Você sempre me dizia que preferia mil vezes dormir comigo do