O silêncio que se instalou após o pronunciamento de Narelle era tão espesso que quase se podia tocar.
Ninguém ousava se mover. Nem respirar alto demais. O cheiro dela, impregnado nos degraus da escadaria, ativava algo primal em cada lobo presente. Medo... respeito... excitação.
E então, ela desceu.
Degrau por degrau.
Como quem não apenas caminha — mas domina.
Não olhou para os lados. Não pediu passagem. Ela era a passagem.
Na sala do conselho, os membros já estavam reunidos. Betas veteranos. Deltas influentes. Dois Alphas convidados por Kael. E Aline, pálida, de pé ao fundo, tentando não tremer.
Quando Narelle entrou, todos se endireitaram. Um ou outro rosnado baixo ecoou, instintivo. Mas nenhum sustentou o confronto com o olhar dela.
Ela não precisou gritar. Nem ordenar. Apenas se sentou na cadeira central — a que ninguém ocupava desde Rhaek.
E cruzou as pernas.
“Vamos começar.”
Um dos conselheiros pigarreou, tentando romper a tensão.
“O protocolo Vermelho... é extremo. Inviabiliza a