O aviso chegou por mensagem, frio e direto:
“Estou no prédio. Não demore.”
Narelle leu e releu aquelas palavras, sentindo o coração comprimir no peito. O relógio marcava pouco depois das dez. A torre estava movimentada, executivos entrando e saindo, ômegas organizando documentos. Ninguém parecia notar que ela perdia o ar ali mesmo, parada ao lado do elevador.
Kael não esperava. Nunca esperava.
Engolindo o medo que se misturava a uma raiva antiga, apertou o botão do último andar. Durante a subida, tentou relembrar quem era antes de tudo se confundir — antes de Rhaek e Kael começarem aquela disputa velada pelo direito de marcá-la. Mas não encontrou nenhuma imagem nítida. Apenas a certeza de que Luxor, seu filho, era agora o centro da guerra.
As portas se abriram com um estalo. O andar da presidência tinha cheiro de madeira encerada e poder antigo. Ela andou até a biblioteca reservada a reuniões confidenciais. Empurrou a porta, já se preparando para o impacto.
Kael estava ali. De costa