A tarde parecia sonolenta na mansão da Matilha, até que o grito veio.
— Kira? KIRA?!
Uma das babás correu pelos corredores, os cabelos soltos, os olhos arregalados. A menorzinha dos quíntuplos — a frágil Kira, a segunda a nascer — havia desaparecido do cercado.
Em segundos, o som dos passos apressados e das portas batendo se espalhou pela casa como pólvora.
— Alguém viu a menina?! — gritou outra funcionária, vasculhando atrás dos sofás, sob as escadas, nos fundos da estufa.
Nada.
O desespero logo ganhou forma. Rostos suados, mãos trêmulas, vozes trincadas. Kira era pequena demais. Ainda não completara dois anos. E sumira dentro da casa mais vigiada da colina.
Quando a notícia chegou até Narelle, ela estava no décimo segundo andar da sede da Matilha Corporation, finalizando o contrato com uma nova marca de suplementos genéticos. O celular vibrou, e o nome da babá mais nova apareceu com letras vermelhas.
Ela atendeu antes mesmo de falar.
— Senhora... Kira sumiu — disse Lian do outro lad