Rhaek observava Kael de longe, na varanda da ala leste da mansão ancestral. A postura do irmão estava diferente. Menos inclinado. Menos disponível. Como se algo dentro dele tivesse se deslocado — ou pior, se libertado.
Um lobo solto demais não serve à matilha. Serve apenas a si.
O Alpha apertou a taça entre os dedos. O cristal não quebrou, mas rangia como se anunciasse a próxima rachadura.
A Luna, sentada ao lado, notou o silêncio se adensando.
“Ele está fraco”, disse, com a voz gélida. “Deixou-se contaminar por ela. A vadia de couro preto.”
“Não fale dela assim.” O tom de Rhaek foi baixo. Cortante. Inesperado.
A Luna virou-se, surpresa.
“Você a protege agora?”
“Não. Apenas sei distinguir lixo de veneno. Lixo se varre. Veneno, se aproveita.”
Ela não respondeu, mas algo dentro dela acendeu em fúria. Um clarão de ciúme ancestral.
Naquela noite, Rhaek convocou outro evento. Mais discreto. Mais simbólico.
Chamada de ‘Provação do Sangue’, a cerimônia reuniria os alfas principais — e uma ún