Jogos de Alpha

O escritório panorâmico de Rhaek parecia mais uma arena do que uma sala de reuniões. Vidros negros, iluminação precisa, móveis robustos em couro e aço. Tudo ali dizia poder, controle, hierarquia.

Kael entrou com o passo lento, desconfiado, os olhos semicerrados como quem fareja armadilhas no ar.

— O que você quer, Rhaek? — perguntou, direto, jogando-se na poltrona à frente da mesa.

Rhaek girou levemente o copo nas mãos, observando o âmbar do uísque como se ali estivesse o mapa da jogada.

— Vim te oferecer uma oportunidade — respondeu, cruzando os dedos. — Algo grande. Algo que... te coloque exatamente onde você merece.

Kael arqueou uma sobrancelha, mordendo um sorriso cínico.

— Engraçado... você nunca ofereceu nada sem querer algo em troca.

— Porque eu nunca faço caridade — rebateu, seco, apoiando os cotovelos na mesa. — E você, Kael... precisa começar a pensar como um Alfa. Está grande demais pra viver à sombra de uma mulher.

Kael cerrou o maxilar.

— Cuidado com as palavras.
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