Aldren era tudo que um olhar superficial poderia desejar: postura imponente, voz grave que parecia envolver como um cobertor quente e gestos calculados para transparecer segurança. Qualquer Luna ficaria tentada. Qualquer uma… menos Narelle.

Ela não via nele promessa, via uma ameaça disfarçada de charme. Estava cansada, humilhada por descobrir que Rhaek não tinha mudado como acreditara. Mais humilhante ainda era saber que, se Callista não servia para ser companheira, servia para aquecer a cama dele. A pergunta ardia como fogo: Se ela não era digna… por que com ela, sim?

Narelle reconhecia o padrão. A teia estava se formando ao seu redor — fios puxados por mãos diferentes, mas com o mesmo objetivo: quebrá-la. Ela não daria esse prazer a ninguém.

Enterrou-se no trabalho, ignorando mensagens, olhares e tentativas de aproximação. Não responderia às provocações de Rhaek nem às investidas sutis de Aldren.

Mas Aldren percebeu algo: todo seu esforço de aproximação estava surtindo pouco efeito