Mundo ficciónIniciar sesiónEm um reino dividido por poder e sangue, Drakaria vive sob o comando tirano de Chakay, um rei temido por sua frieza e sede de domínio. Enquanto os representantes clamam por dignidade para o povo, Chakay ignora os apelos e silencia vozes, mas encontra em seu próprio irmão Igor uma ameaça ainda maior: amado, respeitado e visto como verdadeiro líder. Ao lado de Valéria — advogada renomada do reino vizinho de Lux Noturna, conhecida por sua coragem e justiça — Igor sonha com um futuro de igualdade. Mas esse sonho é quebrado quando Chakay revela sua intenção sombria: tomar para si Dihedra, filha do casal, uma criança marcada pelo poder ancestral de Anúbis, destinada a um legado que pode mudar o equilíbrio entre luz e trevas. O rei não está sozinho em sua ambição. Cercado por sombras, manipula Naryah, uma serva moldada desde a infância para ser sua espiã, e convoca os temíveis Ceifadores Negros, guerreiros lupinos que caçam sem piedade. Cercados por conspirações e traições dentro do próprio lar, Igor e Valéria são forçados a escolher entre a segurança de seu povo e a vida da filha. Na calada da noite, inicia-se uma fuga desesperada, atravessando florestas proibidas e portais esquecidos, enquanto os caçadores se aproximam a cada passo. Entre segredos ancestrais, alianças improváveis e batalhas sangrentas, pai e mãe lutam não apenas para salvar sua filha, mas também para impedir que o mundo seja devorado pela tirania e pela escuridão. “Drakaria — Sangue e Destino” é uma saga de poder, lealdade e sacrifício, onde lobos e humanos se confundem, e cada escolha pode definir o futuro de reinos inteiros.
Leer másA manhã surgia clara sobre Drakaria, mas dentro da imensa sala de assembleia o ar era denso, carregado de murmúrios e debates acalorados. Aquele espaço, coração político do reino, estava repleto de representantes de todos os partidos. Bandeiras coloridas tremulavam nas paredes altas, mas a tensão abafava qualquer sinal de festividade.
No centro, sentado em seu trono de pedra negra, Chakay, rei de Drakaria, mantinha-se firme, o olhar impiedoso percorrendo cada rosto diante dele. O reino era composto por dezessete cidades, embora apenas três fossem realmente desenvolvidas: o grande Centro de Drakaria, a Riviera Lunar e a Costa do Mar Negro. As demais ainda lutavam para erguer suas estruturas, e a pauta principal daquela manhã girava em torno da falta de saneamento básico nas regiões mais distantes.
Vozes ecoavam, representantes rogavam atenção ao sofrimento do povo. Chakay, no entanto, permanecia inabalável. O rei escutava, mas não se sensibilizava.
— “Sim, sim... veremos isso mais adiante” — dizia em respostas vagas, oferecendo soluções que eram apenas palavras ao vento.Foi então que membros do partido LPL solicitaram que Igor, irmão do rei e segundo na linha de sucessão, se pronunciasse.
Igor levantou-se lentamente. Um silêncio pesado caiu sobre a sala. Diferente de Chakay, o príncipe não precisava erguer a voz para ser ouvido. Havia algo em sua presença que impunha respeito. Os cabelos negros com discretos fios prateados refletiam a luz suave do salão, e os olhos verde-esmeralda analisavam tudo com frieza estratégica. Cada gesto seu era calculado, cada palavra, medida.
— “O povo clama por dignidade. Se as cidades distantes murcharem, todo o reino sangrará junto. A força de Drakaria não está apenas em suas muralhas, mas em cada aldeia, em cada voz. Negligenciar isso é cavar nossa própria ruína.”
O burburinho se intensificou. Chakay tencionou os punhos no trono, o ódio queimando em seus olhos. Não suportava ver seu irmão brilhar, conquistar admiração, ser respeitado de uma forma que ele, mesmo como rei, não conseguia.
Após a assembleia, Liõn o amigo fiel de Igor e assistente direto de Chakay, aproximou-se discretamente. Suas palavras, sussurradas às pressas, deixaram Igor inquieto. Algo sombrio se movia nas sombras do palácio.
Naquela manhã, Igor voltou para casa perturbado. Caminhava de um lado ao outro, fazendo ligações, com o cenho fechado.
— “O que está acontecendo, meu amor?” — perguntou Valéria, sua esposa, tentando acalmá-lo.Igor fitou-a, e o peso em seu olhar fez o coração dela disparar.
— “Ele quer nossa filha, nossa morte... quer Dihedra e sua loba, quando completar 18 anos a tornara Luna.”Valéria empalideceu.
— “Minha filha não! Jamais!” — exclamou, a voz firme, embora o medo lhe corroesse o peito.Valéria, princesa do reino de Lux Noturna, sempre fora vista pelo povo de Drakaria como a “própria justiça”. Forte, inteligente, devotada à família e à cidade, ela era amada quase tanto quanto o próprio Igor. E agora, diante daquela revelação, sabia que precisaria reunir toda a sua coragem.
O telefone tocou. Igor atendeu, ouviu em silêncio e, ao desligar, virou-se para a esposa:
— “Prepare-se. Partiremos esta noite.” Valéria balançou a caleça assustada com a decisão, pensou e toda minha carreira, meu povo, minha história. Minha filha em primeiro lugar, e então perguntou.— “quantas horas temos até partimos!” — exclamou, a voz firme, embora o medo a abandonava.— “partiremos de madrugada, temos exatamente 12hs, fique atenta estou aguardando uma encomenda, não comente com ninguém e receba pessoalmente sem levantar suspeitas não confio em mais ninguém!” — exclamou, a voz firme, embora desconfiada e hostil. Valéria só olhou assentindo com a cabeça, assustada virou-se para sair, quando Igor a alertou— “não leve mais de que uma mochila com dinheiro e joias, prepare sem que as servas vejam!” — Valéria respondeu — “ok!” — e saiu.Quando Valéria entrou no quarto de Dihedra de apenas onze meses á viu brincando com seu brinquedo de encaixe. Olhos azul-contorno-esmeralda que brilhavam como pedras raras, cabelos negros e pele clara marcada por covinhas encantadoras e um sorriso lindo. A única nascida com a alma direta da linhagem de Anúbis. Um destino grandioso pulsava em sua essência, embora ainda fosse apenas uma criança.
Dihedra correu até sua mãe abraçou suas pernas, olhou com ternura e disse.— “mamãe vem brincar de montar comigo, quero fazer uma boneca enorme, do meu tamanho para brincar comigo.” — Valéria viusse com os olhos marejados. Olhou para serva, fez um gesto com a mão, e disse. — “pode ir, se eu precisar te chamo!”Enquanto isso, O salão de pedra permanecia em silêncio. As tochas ardiam, as arvores de fora mondam sombras contra as paredes esculpidas, Chakay parecia não ver nada além da escuridão que o rondava por dentro. Sentado em seu trono de granito negro, o tirano descansava os dedos sobre o braço da cadeira como quem acaricia o punho de uma espada invisível.
Dentro de sua mente, a presença que jamais o abandonava despertou.
Um rosnado profundo vibrou em seu peito, e logo a voz surgiu — grave, arrastada, carregada de veneno.— Dois dias, Chakay… apenas dois. E o sangue do teu irmão manchará o chão que ele tanto ama.O rei contraiu a mandíbula, os olhos faiscando num vermelho contido. A respiração pesada misturava-se ao eco da voz sombria, disse.
— Mas como? Ele vive cercado de guardas, honrado por todos. Se eu o ferir diretamente, o povo cairá sobre mim como hienas famintas. Na morte, ele seria exaltado ainda mais.
Um riso baixo, cortante, percorreu sua mente. O lobo sorria nas trevas.
— Não é preciso que tu o faças. Já tens olhos dentro da casa. A serva… aquela que baixa a cabeça como cordeira, mas leva teus segredos como serpente.Um sorriso enviesado surgiu nos lábios de Chakay, frio como lâmina nua.
— Naryah. Minha pequena sombra. Desde a infância, moldei-a com medo e aço. Igor a chama de “filha do lar”, confia-lhe o vinho, as cartas, até a mesa onde repousa sua fome. Mas cada palavra dita naquela casa chega primeiro a mim.O lobo ronronou em satisfação, um som que ressoava como prazer selvagem.
— Então usa-a. Que ela plante o veneno, que guie teus ceifadores até o ponto frágil. Que seja a lâmina invisível que abre o caminho para tua vitória. E de quebra de um jeito de colocar Valéria como culpada, matando assim 2 coelhos com uma garra só!
— Chega! — gritou o taverneiro, desesperado. — Vão destruir meu lugar!O homem das cicatrizes recuou, respirando pesado, avaliando os três novamente — agora com ódio contido nos olhos.— Ele..., já o vi em algum lugar — murmurou alguém.— Vamos embora — disse Alexander rapidamente, se virando em direção a porta. por fim, fazendo um gesto para os outros dois. — Não vale o risco. Um a um, os agressores recuaram, enquanto eles deixavam a taberna em silêncio Dhonavan recolheu as duas cervejas levando com sigo. Eles deixaram algumas moedas sobre o balcão e saíram para a noite fria de Lux Noturna.Do lado de fora, Alexander apoiou as mãos nos joelhos por um instante tentando conter o lobo.— Vamos procurar uma estalagem...esquece taberna por hoje — disse Crystofe rapidamente. — Mas voltaremos.— Eles vão nos seguir — disse ele.Crystofe encarou a rua escura. — Sim, vamos logo... para evitar atritos.Dhonavan apertou o casaco. — Então não somos mais apenas observados.Alexander ergueu o
Crystofe se levantou.— Vou buscar mais duas garrafas de cerveja.Quando se aproximou do balcão, o homem o encarou com desprezo.— Ei, forasteiro — rosnou. — Está demorando demais.— Não estou te impedindo de beber — respondeu Crystofe, calmo.O homem se levantou abruptamente e o empurrou com força.— Não gosto do seu tipo aqui.O ambiente ficou pesado em segundos. Alexander e Dhonavan ficaram atentos, músculos tensos, instintos em alerta. O agressor era um lycan, o cheiro de violência impregnado nele.— Deixa pra lá, então. — disse Crystofe, sem reagir, pegando as duas garrafas. — Não vale o esforço.O lycan riu com escárnio.— Covarde.Crystofe voltou para a mesa, ignorando completamente a provocação.— Temos companhia — murmurou ao se sentar.Alexander observou discretamente. O lycan havia retornado à mesa onde outros quatro estavam sentados. Todos encaravam o trio com ódio mal disfarçado.— Eles estão caçando briga — disse Dhonavan em voz baixa.— Que não vão ter — respondeu Alexa
O vento atravessava aquela cidade como um sussurro de advertência, dobrando as copas altas e fazendo as folhas rangerem como ossos antigos. A estalagem onde Alexander, Crystofe e Dhonavan, estavam não era distante de Voltera a cidade onde nasceu, e Alexandre sabia, sempre se hospedava naquela estalagem com sua família e sua baba Kia mãe de Crystofe.Um refúgio quase invisível para quem não conhece o lugar. Era ali que os Alexander treinavam com seu pai, quando era criança e saiam para caçar javali e mantinham distância de tudo, que pudesse afetar o momento de família simpre do campo sem coroa apenas uma família feliz. Alexander se levantou do leito de tiras como couro aveludado, o corpo alto suado e marcado por cicatrizes que não pertenciam a um homem comum de vida tranquila. Aos vinte e sete anos, sua aparência ainda carregava vigor e juventude, mas seus olhos — dourados como âmbar antigo — denunciavam algo mais: poder e liderança dádivas que não se escolhem, apenas se carregam.Ele
Quando o relógio marcou quatro da manhã, Alexander e Crystofe já estavam na estrada em seu carro luxuoso guiado por seu motorista. Alexander usava roupas escuras, apropriadas para a missão, e carregava uma mochila leve, mas reforçada. Crystofe ajustava o tablet pela última vez, verificando condições de clima e localização de Lux Noturnas. — Clima estável, até aqui. — disse Crystofe, sem tirar os olhos do tablet.Alexander respondeu em silêncio. Algo o incomodava. Quando levou a mão ao compartimento na lateral do banco traseiro para pegar seu smartwatch que ele só usa quando esta no mundo lycan e para controlar os sistema de segurança das Três Torres, sentiu algo grosso e cheio de alto relevo, frio.— Crystofe… — disse, sério.— O quê?Alexander pegou um livro grosso, encadernado em couro negro rachado pelo tempo. Na capa, gravadas a ouro envelhecido, duas letras: L.V. Abaixo, o símbolo de uma lua partida ao meio.— Isso não estava aqui antes.Crystofe tirou os olhos do tablet imedi
Mariana observava o mapa preocupada — como se enxergasse ali não o mapa de um território, mas a rota para um passado a qual ela já fez parte, e traz muita saudade.Camila deu um passo à frente.— mãe, responde a pergunta de Alexander?... por favor!Alexander a encarou. Nos olhos dele havia uma sinceridade tão intensa que parecia derramar calor em toda a sala. Aquilo já o atormentava desde que Johon o convidou para almoça.— Sim, vamos conversar só nos quatro... — respondeu Mariana. — por favor se retirem. Camila não respondeu de imediato. Ela apenas encarou preocupada com a tensão, lutando contra o medo que começava a apertar sua garganta.— Eu não vou demorar — completou ela, com um meio sorriso. — Alexander, quero que nos explique porque a meia irmã de Camila, acredita que você tem um relacionamento com ela a ponto de aparecer no fórum... a minha procura....Camila bufou, cruzando os braços.— Como assim, mãe. — Sua voz carregava um sarcasmo espesso. — Ela te ofendeu?Ele ergueu o
Mariana completou, séria: — E agora precisamos entender por que esse poder não consegue me ler, será que é porque despertou agora.Lion interveio dizendo sim, ela é muito nova... mas vai amadurecer e desenvolver muito mais poderes que não conhecemos. Johon ainda de lado, se perguntando se ela o odiava por isso. Camila olhou para ele e disse sorrindo: —Pai não sei ao certo o que aconteceu na sua juventude, mas sei que o senho é muito bom e generoso não seria capaz de fazer mal a um inocente. Johon estalou a língua, irritado consigo mesmo por ter guardado essa verdade por tanto tempo.— Sim. — mas quero que saiba, Nastasia...— Foi… um erro. — Em um dia em que eu estava arrasado, destruído pelo meu pai, humilhado… e muito bêbado.Camila arregalou os olhos.Johon continuou:— Ela se aproveitou disso. — Me levou para um quarto. — Me seduziu. — E depois… Ele fechou os olhos, lembrando. Lion sentado no sofá confirmou: — Sim, eu me lembro de tudo o que você passou com as chantage
Último capítulo